Histórias como forma de aprendizado: alunos do 8º e 9º ano criam livros em inglês
Desde crianças, as histórias entretêm, comunicam e ensinam ao mesmo tempo. Independente da idade, ela acompanha as diferentes fases da vida, seja por meio de séries, filmes ou do livro preferido. As narrativas são excelentes aliadas na prática pedagógica devido a grande absorção do conteúdo. Foi exatamente este mecanismo encontrado pela professora de inglês do CNA, Eliane, para aprofundar o nível do inglês dos alunos do Colégio Camillo de Mattos.
“Quando a gente pede algo em inglês, eles costumam dizer que não sabem. Eu queria mostrar que eles sabiam e eram capazes de fazerem sozinhos”, afirmou a professora. Ao longo de agosto, a ‘teacher’, como os alunos a chamam, iniciou o projeto de criação de histórias fictícias ou inspiradas em fatos reais com o 8º ano, enquanto o 9ª ano trabalhou com as memórias construídas na Fundação Educandário.
Os estudantes compraram a ideia. Inicialmente, eles refletiram quais seriam os temas retratados nos próprios livros e começaram a produção do enredo em português. O método foi pensado para não criar barreiras criativas durante o processo. Ao longo dessa etapa, a cada linha escrita, o aluno deixava uma em branco. “Quando eles terminaram, disse para escreverem as palavras que sabiam em inglês e deixar espaços para as que não sabiam”.
Para promover a independência dos alunos e incentivar o trabalho em grupo, a empatia e o respeito, os adolescentes trocaram o repertório entre eles com a finalidade de preencherem as lacunas vazias de cada história. Desse modo, eles assumiram o protagonismo, assimilaram o conteúdo e construíram laços com os colegas. “Achei muito legal ver eles empolgados. Uma aluna dizia: ‘nossa, estou sabendo demais’, eu dei muita risada. Deixou a sala mais leve”.
Após a elaboração das narrativas, os estudantes produziram manualmente os próprios livros. Com ilustrações e histórias autênticas, como a aventura espacial em busca de um novo planeta após a terra ficar sem água do aluno do 8º ano, os estudantes puderam aumentar o vocabulário em inglês, além de externar os próprios pensamentos. Os trabalhos ficarão expostos para os alunos das demais turmas do Ensino Fundamental II até outubro.