Apaixonado por rock, Rafael Monteverde, 13, viu na Banda Educandário a oportunidade de estar mais próximo da música.  O adolescente tímido, mas esforçado, buscou na melodia a possibilidade de expressar os próprios sentimentos. O desejo por tocar instrumentos de cordas surgiu recentemente, mas especificamente em abril do ano passado. Nesse período, Rafael aprendeu a tocar violão e, em pouco tempo, dominou a guitarra. 

Ingressou na Banda Educandário no segundo semestre de 2023, quando abriu novas vagas para a eletiva. De lá para cá, não imagina deixar a atividade. “É uma experiência sensacional. Eu nunca pensei em fazer parte de algo assim. Todas as vezes que acaba a apresentação, fico com a sensação de quero mais”, disse Rafael. Para o professor Clodomiro Ferreira, “é prazeroso demais você ensinar e ver que os alunos aproveitam para caramba”. 

Além de ser um momento agradável, Rafael também observou melhorias em vários âmbitos desde quando começou na eletiva. “Aprendi a ter mais responsabilidade; mais organização; a ter mais coordenação motora, porque para tocar guitarra precisa de coordenação; minha caligrafia melhorou e demais benefícios que nem mesmo a gente percebe”. Um dos pontos não citados pelo aluno, mas que têm demonstrado evolução foi a comunicação dele.

“Ele melhorou muito a comunicação, me surpreendi bastante, além de ser um menino muito esforçado”, afirma Clodomiro. O desenvolvimento da parte socioemocional não é exclusivo de Rafael, todos os alunos adquirem diferentes habilidades: “há mudanças em todos os aspectos. Eles mudam na escola, ficam mais disciplinados porque têm o alinhamento, a marcha, e tem que prestar atenção aos comandos. Isso ajuda na sala de aula”, diz o professor. 

Desse modo, essa eletiva vai além da aquisição de habilidades musicais, ela traz benefícios essenciais para o desenvolvimento interpessoal, favorecendo nas múltiplas áreas da vida. Outro ponto enfatizado por Clodomiro é desenvolver o amor pelo ambiente escolar. “Quando o aluno está na escola, ele tem que amar. Eu consigo isso por meio da banda. Eles realmente ficam felizes. ‘Amor à camisa’, sempre falo isso. Esse é o principal objetivo”, diz o professor.