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Brincadeiras que ensinam: como livros de colorir podem ajudar a reduzir o uso de telas

23/07/2025

Em um mundo cada vez mais conectado, encontrar equilíbrio entre tecnologia e infância é um desafio real para muitas famílias. O uso de telas se tornou comum e, muitas vezes, excessivo entre crianças pequenas. Mas existem alternativas simples, acessíveis e potentes para estimular o desenvolvimento infantil longe das telas. Uma delas é o bom e velho livro de colorir.

Na Escola de Educação Infantil Dr. Fábio dos Santos Musa, atividades como colorir, desenhar e explorar materiais gráficos são parte do cotidiano pedagógico. E não é por acaso.

“Para a criança pequena, o ato de colorir trabalha a coordenação motora fina, a criatividade, a atenção, o reconhecimento e a identificação das cores. E, quando ela é estimulada a criar livremente, expressa seus sentimentos e emoções no desenho que está sendo criado”, explica a orientadora pedagógica Márcia Cristina Luiz Gonçalves de Souza.

Além dos benefícios motores e cognitivos, atividades como essa favorecem o brincar criativo, o convívio com os colegas e a autonomia.  “O uso excessivo da tela traz muitas informações que, para a criança, são muito atrativas. Mas, quando a criança pinta, ela pode escolher o que criar, explorar, compartilhar com os colegas. Enquanto a tela limita o movimento das mãos, a pintura abre um universo de possibilidades e relações”, reforça Márcia.

Colorir é mais que distração: é aprendizado e expressão

Recentemente, os livros de colorir ganharam novas versões com traços lúdicos e modernos, como os da artista Bobbie Goods, que inspiram adultos e crianças a explorarem a arte de forma leve e divertida. Esse tipo de proposta, quando integrada à rotina da escola e da família, ajuda a resgatar a importância de momentos mais livres, com menos estímulos visuais e mais contato com a própria imaginação.

“A criança tem o direito de brincar. E acredito que, quanto mais contato com a tela ela tem, menor é sua oportunidade de ser criança”, afirma a orientadora. “Em muitas observações, percebo que as crianças de hoje não sabem mais brincar. Usam a agressividade como forma de expressão, não compartilham brinquedos e brincadeiras. Isso é muito visível e também muito triste.”

Segundo Márcia, é essencial que as famílias estejam atentas ao papel que o celular tem ocupado na rotina das crianças. “Muitas vezes, ele é usado como válvula de escape para acalmar, mas o ideal seria que o uso fosse moderado e sempre acompanhado por um adulto.” E quem confirma isso são os próprios alunos. O Gael Henrique Andrade, de 5 anos, não esconde o entusiasmo ao falar sobre uma de suas atividades favoritas: “Eu gosto de pintar porque faço desenhos bonitos e fico muito feliz.”

Fundação Educandário "Cel. Quito Junqueira"

A Fundação Educandário "Cel. Quito Junqueira" foi criada em 13 de maio de 1938 com o intuito de oferecer uma estrutura de apoio a crianças e adolescentes.

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