Uma tarde na Biblioteca Sinhá Junqueira
Quando se fala em biblioteca, logo vem à cabeça um lugar silencioso e repleto de livros. Porém, a Biblioteca Sinhá Junqueira, carinhosamente chamada de BSJ, quebra esse conceito tradicional. Ao entrar na antiga casa de Theolina Junqueira e do Coronel Quito Junqueira, os sons estão presentes: seja nas conversas dos adolescentes, nas risadas das crianças ou no canto dos pássaros que fazem visitas regulares ao espaço.
Apesar de estar localizada no coração de Ribeirão Preto, a BSJ é descrita como um local de aconchego por quem frequenta. “Aqui o ambiente é relaxante. Gosto de vir para cá porque me sinto bem”, afirma Victor Henrique, 17 anos. Bernardo Oliveira, 18 anos, compartilha da mesma opinião. “Acho aqui muito aconchegante. Essa é a terceira vez que venho, mas, com certeza, virei mais vezes”, diz o jovem.
Cada espaço da BSJ tem a sua própria singularidade, proporcionando experiências únicas a cada frequentador. Alguns se interessam pelo acervo com mais de 14 mil exemplares para lerem romances, contos ou demais gêneros, enquanto outros aproveitam as poltronas para descansar da rotina cansativa, como o caso de Ana Beatriz, 17 anos. “Eu saio de casa às 5h da manhã e chego às 22h. Então aqui é o único local que eu consigo relaxar”.
A Biblioteca não promove apenas encontros com livros, mas de pessoas que compartilham saberes, vivências e desejos em comum. Em sua multiplicidade, é possível se deparar com grupo de estudos; amigos se divertindo com videogame ou jogos de tabuleiro; e com casais apaixonados: “Escolhemos a Biblioteca porque é um lugar gostoso e bem arborizado aqui no centro”, disse Gabriele Miquelin, 20 anos, ao lado do namorado Francisco Batista, 30 anos.
Segundo a adolescente Noemi Tavares, 15 anos, o leque de possibilidades encontradas na BSJ a tornou uma frequentadora assídua do espaço. “Venho aqui para ler e estudar, como estou fazendo hoje. Gosto daqui porque é um lugar aconchegante. Aqui é um dos meus lugares favoritos da cidade. Comecei a frequentar no ano passado com uma amiga porque queríamos conhecer a casa [da Theolina Junqueira] e não parei mais”, afirmou