O que fica depois da aula?

Há marcas que o tempo não apaga.
Marcas que nascem no olhar, no gesto, no cuidado de quem ensina.
Marcas que ficam, não na memória apenas, mas no jeito de ser, de sentir e de acreditar.
Ser professor é deixar rastros de esperança por onde se passa.
É semear mundos nas pequenas descobertas, transformar o comum em encantamento e enxergar, em cada criança, o brilho de quem está aprendendo a existir.
Na Fundação Educandário, essas marcas ganham forma nas histórias de tantas educadoras e educadores que vivem a educação como um ato de amor.
A professora da Educação Infantil da EEI Geny Biagioni Veiga, Gladys Maria de Oliveira, ainda se emociona ao lembrar dos alunos que cresceram sob olhos atentos dela:
“Tem alunos que a gente viu crescer. Chegaram com 3 aninhos e hoje já têm 15. Mandam mensagem, lembram da gente… e quando lembram, é porque a gente fez parte de algo importante.”
Entre o início e o recomeço de cada turma, há uma delicadeza que só quem ensina conhece: o gesto de acolher, de inspirar, de acreditar no outro.
A professora da Educação Infantil da EEI Fábio dos Santos Musa, Márcia Duarte Moretti, carrega na trajetória dela a força de quem transformou dor em propósito:
“Tive uma professora que disse que eu nunca seria ninguém, mas minha mãe acreditou e eu também. Foi aí que nasceu meu desejo de ser professora, para que nenhuma criança ouvisse o que eu ouvi.”
Na sala de aula, Márcia aprendeu que ensinar é curar. É abrir caminhos onde antes havia silêncio. É devolver às crianças a coragem de sonhar.
E há também quem encontre na educação a herança de uma história que atravessa gerações. A professora de Ciências e Tecnologia do Colégio Camillo de Mattos, Sheila dos Santos Ferreira da Silva, descobriu no pai, que aprendeu a ler e escrever quando ela tinha 13 anos, o verdadeiro sentido de ensinar:
“Talvez por isso, ensinar sempre foi, pra mim, um ato de amor e reparação. Eu quis ser professora para mostrar que o conhecimento transforma e transforma de verdade.”
Histórias como as delas se entrelaçam nos corredores, nas salas e nos pátios das nossas unidades. São histórias de fé no que não se vê, de paciência com o tempo, de encantamento com o aprendizado.
Porque ensinar é também aprender: sobre o outro, sobre si, sobre a vida que pulsa dentro da escola.
Neste Dia dos Professores, a Fundação Educandário celebra cada educadora e educador que transforma o cotidiano em caminho, o ensino em afeto e a sala de aula em um espaço de futuro.