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Comer mal na infância faz diferença no futuro?

20/08/2025

“Não quero comer isso!”, quem já ouviu essa frase sabe o quanto pode ser desafiadora a introdução de alimentos saudáveis, especialmente se a criança não está habituada a ter uma alimentação equilibrada. Em muitos casos, a dieta do dia a dia não supre as necessidades nutricionais para o crescimento e desenvolvimento saudável na primeira infância. 

No Brasil, 14,2% das crianças de até cinco anos têm sobrepeso ou obesidade de acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde. A média mundial é de 5,6%. A explicação para esse dado é o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gordura, além da falta de atividades físicas. 

Porém, engana-se quem acha que esse é um problema exclusivo de crianças acima do peso. Há casos de meninos e meninas, aparentemente dentro do peso, com deficiências de micronutrientes devido à recusa de ingerir alimentos saudáveis. Essa má alimentação pode causar problemas, como anemia, doenças cardíacas e até distúrbios psicológicos e motores.

Mas como mudar os hábitos alimentares da criança?

Na Escola de Educação Infantil Geny Biagioni Veiga, a resposta veio com a Jornada de Educação Alimentar e Nutricional. Em vez de apenas falar sobre os benefícios da alimentação, as crianças viveram experiências que despertaram a curiosidade e abriram espaço para novas descobertas. 

Desde quando iniciou o projeto os alunos conheceram as frutas, verduras e legumes de um jeito divertido, também ajudaram no preparo de lanches saudáveis, como saladas de frutas, suco detox, iogurte de inhame. Eles também plantaram rabanete, acompanhando o alimento desde a semente até o crescimento na horta.

Quando a criança participa desse processo, ela passa a enxergar o alimento de outra forma. O que antes era um “não quero” se transforma em vontade de experimentar. O aluno Arthur Miguel do Carmo, de 4 anos, por exemplo, experimentou espinafre pela primeira vez na escola e afirma: “eu gostei!”. 

Esse trabalho mostra que mudar a alimentação não depende de grandes transformações, mas de vivências que conectem a criança com o que ela come. Cada fruta provada, cada folha plantada e cada suco preparado na escola reforçam que comer bem é parte essencial do aprender e crescer.

E você pode começar em casa:

– Convide a criança para participar do preparo dos alimentos; quando ela coloca a mão na massa, cresce a vontade de experimentar. 

– Se houver resistência a determinados alimentos, apresente-os de formas diferentes, transforme frutas em animaizinhos ou crie pequenas receitas que despertem a curiosidade. Muitas vezes, a criança só descobre se gosta de algo depois de seis a oito tentativas.

– Deixe a criança explorar os alimentos com os diferentes sentidos. Deixe ela cheirar, tocar, sem regras de como ela deve comer. Isso ajuda ela a se familiarizar com o alimento.

– Tenha rotina alimentar: definir horários regulares para a alimentação dos pequenos ajuda a eliminar lanches e guloseimas do dia a dia. 

No mês da primeira infância, esse compromisso ganha ainda mais valor. Formar hábitos alimentares saudáveis hoje é investir na saúde, na autonomia e no futuro das crianças. Comece com pequenas experiências e veja como cada nova descoberta no prato pode se transformar em aprendizado para a vida.

Fundação Educandário "Cel. Quito Junqueira"

A Fundação Educandário "Cel. Quito Junqueira" foi criada em 13 de maio de 1938 com o intuito de oferecer uma estrutura de apoio a crianças e adolescentes.

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