Chegar ao fim do mês com pouco dinheiro no bolso ou até mesmo endividado é uma realidade comum para os brasileiros. A falta de gestão financeira atrapalha relações pessoais, causa estresse e desgaste emocional devido a preocupação excessiva com as contas. Infelizmente, muitos adultos não sabem como gerir a própria renda. Para ajudar nessa gestão, o Colégio Camillo de Mattos promoveu uma formação aos pais e responsáveis sobre educação financeira em parceria com o Instituto Credicitrus. 

Durante o encontro, os familiares receberam 18 dicas de como manter a saúde financeira. “A gente precisa sempre analisar nossos gastos. Às vezes vamos no mercado e vemos uma promoção ‘leve três, pague dois’, mas quando fazemos a conta, a unidade sai mais barato. Tem muitas pegadinhas em que a gente acredita que está economizando, mas está gastando mais”, explicou a representante do Credicitrus.

Além disso, os pais e responsáveis também compreenderam a importância da educação financeira ainda na infância. Segundo Vânia, a criança precisa aprender a ganhar, gastar e poupar. “Eu, por exemplo, deixava todas as contas na geladeira. Meu filho falava ‘nossa, tudo isso para pagar?’. Ele não pedia nada, mas quando sobrava dinheiro ele dizia ‘posso comprar isso?! Porque ele aprendeu como funciona a gestão do dinheiro”. 

Para César Wiliam, 42 anos, “isso precisa começar desde o início da vida dos nossos filhos”. Ele afirma que coloca as dicas em prática. “Você tem que organizar as contas e os ganhos para ver as sobras. Hoje eu já faço isso em casa. Eu me organizo para pagar o documento do carro no começo do ano ou para fazer um passeio. Eu me planejo [financeiramente] para qualquer coisa. Eu penso em fazer mais com menos”, disse César. 

Já a Sandra Carneiro Ramos, 47 anos, explica que vai retomar a prática. “Eu fazia em casa, tinha até um caderninho, mas com o tempo eu parei. Eu vou voltar”, disse. De acordo com ela, o filho Victor Hugo do 7º ano já sabe cuidar do dinheiro. “Meu filho já tem uma base. Eu ensino o que pode, o que não pode. Também tenho o costume de, todo mês, guardar um dinheiro como se fosse uma conta para ele tirar a carta dele futuramente”, afirmou Sandra. 

Os alunos também puderam ter acesso ao conteúdo preparado de acordo com a idade deles. Os adolescentes aprenderam os mesmos conceitos dos adultos, enquanto as crianças tiveram a oportunidade de conhecerem mais sobre noções financeiras por meio de brincadeiras como, por exemplo, a diferença entre desejo e necessidade. Assim, eles compreendem como gastar o dinheiro de forma correta e sem se endividarem.